Já falta pouco para ver a minha Joana!
Quando escrevi
este post em Abril, parecia que este dia às 37 semanas nunca iria chegar.
Mas chegou...
E já falta pouco para a Joana nascer.
Não estou nada nervosa, mas sim desejosa de a ver cá fora e de a ter connosco.
Esta gravidez tem parecido interminável, até a minha obstetra me dizia no outro dia que parece que estou grávida há muito mais tempo do que devia, tais foram as complicações e tantas vezes ela me tem visto. :)
Mas agora está mesmo quase...
É só mais 1 semana.
(e porquê só mais 1 semana?)
Porque a Joana vai nascer de cesariana programada às 38 semanas, devido às complicações do parto do meu filho, que nasceu às 39 semanas de "parto anormal", como eu costumo dizer.
A gravidez do meu filho foi totalmente diferente desta. Foi uma gravidez santa, em que trabalhei o tempo quase todo, passeei, viajei, e fiz tudo o que me apeteceu até ao último dia.
Até o início do parto foi óptimo. Acordei de madrugada já cheia de contracções e com a bolsa rebentada, chegámos ao hospital num instante, deram-me a epidural (que é uma coisa maravilhosa), e tudo estava a progredir bem e depressa.
Entretanto as enfermeiras acharam que havia qualquer coisa errada com a minha bacia, chamaram um médico, depois veio mais outro, mas só diziam que eu ía precisar de ajuda.
Em poucos minutos mandaram o meu marido sair, a sala ficou cheia de médicos e enfermeiras, vi uma ventosa no ar, depois vi uns fórceps, e aí pensei "há algo errado, não é suposto usarem fórceps". De repente uma enfermeira subiu para cima da minha barriga, e eu nem conseguia respirar, quanto mais fazer força. Parecia uma cena de filme.
Finalmente conseguiram puxar o Luís (acho que arrancá-lo é a palavra mais correcta), e eu só vi uma perna roxa no ar enquanto lhe cortavam o cordão e o levavam para o berço ao meu lado.
E foi aí que o meu mundo se ía desmoronando...
Numa questão de segundos vi o médico entubá-lo e a equipa reanimá-lo. Eu nem tinha visto aquelas pessoas ali... só então me apercebi que já estava ali uma equipa da neonatologia.
Foram uns minutos intermináveis, com a sala em silêncio absoluto, todos parados a olhar para aquela equipa, enquanto a enfermeira apertava o saco ambu e o médico o auscultava à procura de batimento cardíaco.
E eu calada só pensava "não fales, deixa-os trabalhar, eles sabem o que estão a fazer, não fales".
Ao fim de algum tempo tiraram-lhe o tubo e ele chorou... foi o som mais bonito do mundo!
O Luís pesava 2,875 kg, não era um bebé grande. Explicaram-me que ele não tinha rodado e tinha ficado preso. Só mais tarde a pediatra me explicou as consequências que aqueles minutos poderiam ter causado.
Felizmente é um menino perfeitamente saudável, e desde esse momento em que ele chorou que eu decidi que os meus futuros filhos só viriam ao mundo de cesariana. Porque não volto a arriscar a vida do meu filho daquela maneira, nem permito que me forcem a isso.
E assim, a Joana vai nascer de cesariana marcada daqui a 1 semana.
E eu estou desejosa de a ver. :-)
Beijinhos!